O não saber

Não sei quem és, só te conheço o vulto. Reconheço a silhueta da tua escura sombra mas nunca vi a tua cara, nem tão pouco toquei no teu rosto. Conheço-te a preto e branco, nunca vi as tuas cores.
Vejo-te daqui, estás bem longe de onde me encontro. Abraço-te daqui, não sabendo sequer quem tu és. Imagino uma história fantasiada na minha cabeça, onde tu és príncipe e eu sou princesa. Recordo histórias que nunca aconteceram entre nós e que estão, sem dúvida alguma, muito longe de vir a acontecer.
Não te conheço, mas amo-te assim. Não sei quais são os teus defeitos, não sei sequer se me agradas. E é por isso que me vais agradando. Não faço ideia de quais são os teus sonhos ou se os tens. Não sei o que te faz sorrir, não tenho ideia do que te alegra. Por isso, não te posso magoar. Nem sabes que eu existo e esse é o maior motivo para eu gostar tanto de ti.
Há quem tenha medo do desconhecido... Eu amo poder imaginar-me dentro dele.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Copyright © . Todos os direitos reservados. É necessária a autorização do autor para a reprodução de conteúdos.

Webdesign Color and Code e helpblogger.com