As formas mais simples de mudar o mundo resumem-se a atitudes #3
"OH!, Muito obrigada!" são interjeições que, em dados contextos, me dão uma vontade desmedida de as aniquilar.
Até podia vir vagarosa, num andar despreocupado, saudável, descansado, com cara de quem dormiu oito, ou mais, horas diárias e de quem descansou num bom colchão abraçada no calor do amor, sonhando com visões puras do mundo. Até podia.
Mas não era o caso.
Sabendo eu o que é estar nessa posição, e dando-lhe o valor que dou, gosto de segurar a porta às pessoas de forma a facilitar a sua passagem no caso de estarem demasiadamente e loucamente carregadas (excepção para compras de Natal, aí podem abrir as portas sozinhas).
Neste caso, eram compras de supermercado (não vi nenhum perú nos sacos). Mas, dizia eu, o agradecimento e o espanto nestas situações perturba-me. Porque motivo não seria normal eu ter esta atitude? Anormal é a maior parte das pessoas não a ter.
A maioria não deve ditar a normatividade do ser-humano a título individual, assim como não o deve condicionar no seu todo. Dados relativos que para mim nunca serão dogmas.
Espero que a senhora agora reflita em casa sobre o facto de eu ter esperado, de porta aberta, que ela andasse uns 5 metros até chegar à porta para sair do centro comercial. Espero que a senhora chegue à conclusão de que o único agradecimento possível que alguma vez me poderá dar é ter esta atitude com os outros e que, tal como eu, não peça nada em troca.
Basta-me isso.
E um sorriso, ou abraço, que eu gosto de sorrisos. E de abraços. Mas mais de sorrisos.
Senten(ce)ça #12
Deixem-me ser à minha vontade.
Caso contrário, estarei no limbo entre o que sou e o que poderia ter sido.
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Caso contrário, estarei no limbo entre o que sou e o que poderia ter sido.
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